Passam governo, governador, secretária, diretor, só não passa a forma de os servidores públicos serem enrolados. Depois de mais uma sequência de quebra de prazos (aliás, se isso fosse uma nova modalidade olímpica, nossos gestores públicos teriam o ouro garantido em Londres), mais uma vez o governo apresenta uma possível proposta a ser apresentada à Assembleia Legislativa para provavelmente ser submetida à apreciação e aprovação dos deputados. Em outras palavras, foi apresentado o rascunho do que pode ser o atendimento de uma de nossas revindicações.
Algo semelhante aconteceu a quatro anos atrás, quando o governo apresentou a “proposta” de subsídio aos servidores do IEMA. Como não tivemos a opção de colocar nossas perspectiva ao que nos era “oferecido”.
Cabe frisar ainda que os critérios de promoção definidos são apenas parte das nossas reivindicações. A implementação desses critérios são para médio e longo prazo. Temos outra reivindicação muito mais importante a curto prazo, a nossa TABELA DE SUBSÍDIO. É urgente para nós que tenhamos uma melhoria salarial. O governo se quer toca nesse ponto. Ah! O governo não podia perder tempo analisando o nosso pleito. Queremos mais respeito! Nossos salários já sofreram muitas perdas, precisamos de corrigi-las. Governo precisa entender isso!!! Não basta um projeto a médio e longo prazo, precisamos de uma melhoria imediata. Aumenta o meu salário!
A decisão de greve foi um grito de “basta!”. É preciso mudar a lógica que rege o relacionamento entre governo e servidores públicos. É preciso que haja diálogo para chegarmos a uma solução boa para ambos. Soluções de gabinete e de consultoria não são perfeitas é preciso que os servidores sejam ouvidos. Afinal se o Governo quer nos valorizar, não é uma má ideia começar com a valorização de nossas perspectivas e de nossos anseios sobre como fazer gestão das pessoas que fazem o serviço público no Espírito Santo.
